Caros Irmãos.
O Brasil vive hoje um momento delicado de sua
história. Brasileiros, na sua maioria irmãos nossos ainda jovens na vestimenta
física, exprimem nas ruas suas angústias, incertezas e mesmo revoltas
subjacentes, acumuladas ao longo de decênios de insatisfação, ante a falta de respostas
concretas com relação ao futuro e ao destino real que almejam para suas
existências.
É preciso que as forças vivas da nação aglutinem-se em
torno de todas as figuras históricas e heroicas que serviram com idealismo ao
País, a fim de encontrarem soluções justas aos anseios legítimos das pessoas,
que se veem, cada vez mais, entregues a si mesmas, sem contar com o respaldo de
interlocutores compassivos, que façam do diálogo um instrumento real de crescimento
e aprimoramento da sociedade como um todo.
As reivindicações diversas expressam o grau de
insatisfação popular com o aumento crescente da coleta de impostos, com os
desvios de dinheiro público e com o mau emprego de bens e patrimônios da Nação,
responsáveis por frustrações repetidas, principalmente, dos mais jovens, ante a
precariedade de investimentos nas áreas essenciais como saúde e educação, entre
outras.
As insatisfações são dirigidas principalmente aos que
têm a responsabilidade de cuidar das questões político-administrativas do País,
pedindo especial atenção aos projetos que verdadeiramente interessam ao bem
estar e ao progresso da coletividade. Há algum tempo esses interesses vêm sendo
administrados, em determinados setores do País, por Espíritos que locupletam
indebitamente da rica produção nacional, espoliando o País justamente no
momento em que avança para o seu mais amplo desenvolvimento. Continuam
encarcerados no egocentrismo, na visão estreita do personalismo inferior,
incapazes de enxergar as necessidades do conjunto, formado pela grande família
brasileira, que deveria na verdade ser a usufrutuária dos bens produzidos. Por
isso, meus amigos, enfrentamos, na hora presente, momentos difíceis que exigem
oração, vigilância, cautela.
Permita Jesus à união das criaturas nobres, que já
despertaram para as verdadeiras responsabilidades sociais e democráticas,
dentro de uma visão holística e abrangente, que contemple todos os setores da
sociedade em suas necessidades espirituais mais profundas. Que essas forças
vivas, verdadeiras, estacas de sustentação do Brasil livre, possam defendê-lo
dos movimentos radicais, que buscam nessas horas difíceis lançá-lo nos caminhos
da violência, na tentativa de usurpar-lhe o clima pacífico, seu apanágio maior,
desde a fundação.
Meus irmãos, o tempo é de vigilância, de cuidado, de
oração. Que todos se unam em torno dessas forças vivas, que estão voltadas para
a espiritualidade superior, a fim de que possam neutralizar os arremessos das
trevas, promovendo as mudanças necessárias, mas sem violência. Há pouco mais de
20 anos, seguindo a voz das ruas, os poderes constituídos destituíram um
presidente da República, a partir de então era de se esperar que os
responsáveis pelos destinos da nação priorizassem em suas ações a probidade
administrativa em todas as áreas, mantendo como objetivo maior a distribuição
mais justa e igualitária da riqueza.
Era de se esperar que amadurecessem, procurando servir
as camadas mais pobres da população e, sobretudo, à valorosa Nação que lhes deu
o berço, e que foi dotada pelo Criador, de Grandes Jazidas Naturais do maior Reservatório
de Água do Mundo e que permanecem emolduradas pela beleza ímpar de sua natureza
exuberante.
O mundo cibernético, todavia, abriu imensas
possibilidades para que as gargantas se exprimissem em conjunto, em uníssono, e
os jovens, saíram às ruas. Mas se isso representou um avanço nas formas de
expressão das almas, trouxe também imensas preocupações quanto aos rumos do
País, porque não se sabe se as forças negativas tomarão a frente, tentando
impedir o cumprimento da importante missão que o Brasil tem a desempenhar
perante si mesmo e perante as demais nações do mundo.
Por isso meus amigos, diante do mostruário desta
noite, solicitamos silêncio, meditação, prece e, sobretudo, entranhado amor
pelo País que vos recebeu de braços abertos depois de inúmeras reencarnações de
falências para vos reabilitardes perante o Pai.
Que Ele nos abençoe.
Mensagem recebida psicofonicamente por Marlene Nobre,
em 19.06.2013, no Grupo Espírita Cairbar Schutel. Obs: A médium esclarece que José Maria
da Silva Paranhos Jr. (Barão do Rio Branco), assumiu a autoria da referida
mensagem, mas que o mentor deixou claro que falava em nome de uma falange; e,
fazem parte dela e estavam ali presentes; Pedro de Alcântara, Bezerra de Menezes,
Rui Barbosa, Tiradentes, Freitas Nobre, Frei Caneca, Cairbar Schutel, e
inúmeros outros brasileiros ilustres.
Do Jornal:
“FOLHA ESPÍRITA” - folhaespirita.com.br - Diretor-fundador: Freitas Nobre
(1923-1990), de julho de 2013, nº 472, página 3, F E Editora, Avenida Pedro
Severino Jr. 325, Jabaquara. CEP: 04310-060/São Paulo-SP. Mensagem
extraída da referida “Folha Espírita”, em 09.07.2013, por Valdemar Benini.
E-mail: benini@cmg.com.br