sexta-feira, 29 de junho de 2012

Como percebemos o mundo



Na correria de nossa vida diária nem nos damos conta de indagações desse tipo. Somos naturalmente imediatista.
Como a sobrevivência é o item que mais clama por atenção, somos compelidos a priorizar, o ganha pão, esquecendo do lazer ou daquilo que se refere ao espírito.
Isso se deve em parte, ao tipo de educação que vamos recebendo, que valoriza o sucesso material como meio para ser feliz.
Sob esta ótica a felicidade é medida pelo que se tem, e não pelo que se é.
Desta maneira as pessoas se distanciam das coisas naturais, do simples, do transcendente.
A natureza está em todos os cantos dos olhares, como a dizer, que existem outros aspectos da vida que são também importantes, mas na maioria das vezes, esses apelos são despercebidos.
Só paramos para pensar nesses convites naturais, quando o cansaço mental, o estres, a depressão, começa a se enraizar e procuramos ajuda. Os psicólogos, as ginásticas, e até as religiões são procuradas, como meio de descobrir o que acontece. Somos seres que pertencemos à natureza, e todas as vezes que dela nos afastamos ou nos esquecemos, algo acontece com o objetivo de nos fazer retornar às origens.
Por isso é de suma importância a pessoa parar para analisar a forma como vê o mundo.
Quando digo mundo, estou dizendo, tudo que o rodeia, pessoas e coisas, e como reage diante das várias situações que a vida lhe oferece.
Isso é importante porque o mundo reage a nós, assim como nós, reagimos a ele..
Se virmos o mundo negro, com certeza nosso interior não vai diferir do que vemos.
Então pergunto? Você se julga otimista, pessimista, realista ou equilibrado? Como se analisa?
O otimista se caracteriza pelo comportamento de não ver coisas ruins na vida, de aceitar todas as pessoas como boas. Acha até que nada de mal poderá lhe acontecer.
Esse modo de pensar e agir são bons, mas deixa a pessoa muito vulnerável, uma vez que só admite um lado dos acontecimentos; o bom.
Por isso não se previne.
Quando acredita em Deus, crê-se livre de todos os males.
Tem menos propensão ao estres e à depressão. Uma vez que só admite o fato ruim, quando efetivamente esse já é palpável.
Quando o ruim acontece o pega desprevenido e muitas das vezes, a pessoa desaba por não ter acreditado nesta possibilidade. 
O pessimista, ao contrário do otimista, acredita que só as coisas ruins é que acontecem. Aquele que acredita no azar. Tudo de ruim só acontece com ele. Não acredita em si e nem em Deus.
Em muitas situações não luta, por acreditar que não vale a pena ou que não conseguirá vencer.
Já vive em um inferno próprio, sofre terrivelmente, e há pessoas que chegam a um grau muito grande de pessimismo, necessitam urgente de tratamentos psicológicos e espirituais.
O realista se caracteriza pelo comportamento de análise dos dois lados da questão, se bons, se maus. Não se acredita vencedor, mas não entrega os pontos enquanto efetivamente não perder. Tem o hábito de sofrer antes dos acontecimentos, assim está também propenso ao nervosismo e facilmente cai no estres mental.
 Diante dessas três formas de encararmos a vida, só existe uma forma que realmente pode nos trazer tranqüilidade; essa forma é o equilíbrio entre essas várias atitudes.
O ser não pode ser otimista demais, pois como foi dito lhe deixa desarmado diante das coisas. Os espíritos dizem a Kardec, que não é bom, o indivíduo não ver o mal, porque através dessa percepção é que poderá, encontrar meios para resisti-lo e combatê-lo. C
Com isso não se diz que a pessoa deve ser pessimista. 
A este, falta-lhe a esperança de dias melhores, nada o sustem moralmente, é como um barco em tempestade, sem um porto.
O otimista não adquire o hábito de se programar, de prevenir-se, é aquele que “deixa a vida me levar”. Só se preocupa com as coisas quando estão em cima da hora ou já venceu o prazo.
O realista pode parecer a melhor opção, mas precisa também tomar cuidado, para evitar acreditar demasiado em suas próprias forças ou capacidades e achar que não precisa de ninguém.
O equilíbrio é alcançado quando começamos a perceber que somos seres interdependentes, tanto com os outros seres que nos rodeiam, quanto com a natureza. Quando nos compenetramos dessa verdade, começamos a perceber, que existem o sol, o verde, o ar.
Vemos que o outro, mais não quer, que também ser feliz.
Começamos a perceber que dentro de nós existem outros apelos para serem atendidos; que é nossa necessidade de paz, de Deus.
A partir daí, vamos dando a tudo a importância real que cada coisa tem.
Não mais o nervosismo exagerado.
Otacilio

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